segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Coisas de fim de ano

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Lembro-me de quando o ano levava um ano para acabar. O verão começava em dezembro, terminando no início de março, portanto, o ano começava mesmo era em março, terminando no meio de dezembro. O ano letivo custava a passar, cada bimestre parecia o próprio ano com a questão das notas e a coisa toda. Em julho, o "mês" das férias, era outra eternidade, tempo suficiente para fazer diversas atividades, passar uma semana na casa de cada tio, ficar muito tempo em casa "fazendo" absolutamente nada, e, na última semana, ainda sobrava-me tempo para sentir saudades da escola e dos colegas, contando ansiosamente as "Sessões da Tarde", como um cronômetro de reinicio das atividades escolares.
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Quando temos um ano de vida, aquele ano é 100% de nossa vida, ou seja, todo o tempo do mundo, nosso mundo. Já no segundo, um ano é metade dela, assim, tendo dez anos, um ano corresponde a 10% de nossa existência. Então percebemos que nossos anos passam cada vez mais depressa. É muito mais "rápido" analisarmos o ano que acabamos de passar, para alguém de vinte anos, do que para alguém de cinco, já que este período, para o ser de vinte, é "muito menos tempo de vida" em sua existência do que para o mais jovem.
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Acredito que uns cinco ou seis meses atrás, estávamos nos "impressionando" ainda com o "novo" Especial Roberto Carlos, quando o locutor diz naquela voz grave "E dia 25...", aí dá-se um silêncio no aparelho áudio visual, aparece o mesmo cabeludo azul de sempre dizendo "quando eu estou aqui"... Nada disso, já faz um ano. Aliás, estamos mais perto do próximo "especial" do que do último, pois já devem ter lhe dito que o tempo não volta.
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E hoje, 27 de dezembro, estamos no período onde esta "velocidade" demasiada de nosso calendário biológico/mental é mais notável. Todo fim de ano blá blá blá... blá e blá. E essa coisa toda. Olha, impressionante o significado de todos os "blá’s". Não vamos nem entrar no "pré - blá", quando atingimos 75% do ano e começam os carros de som com os "(...)noite infeliz, noite infeliz(...)" e suas promoções de "primeira só depois do Natal" nos expulsando logo do ano que estamos, e nos enfiando goela a baixo o seguinte. Que nossos dias estão morrendo cada vez mais cedo é fato, não há volta, e sabemos que essa redução acelera numa PG com razão variável. Contra esse fenômeno não podemos lutar.
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Não sou otimista como um certo Ser do Norte, mesmo respeitando, lendo, "portanto", aprendendo também com este Ser, prefiro minha mente e meus pensamentos mais reais, mais lúcidos. Torço pelos acontecimentos e procuro agir conforme minha consciência requer, porém, sempre com o objetivo de, se, veja bem, se! algo surpreender, que seja de maneira positiva, pois a esperança não é a última que morre, e sim a que te mata. Embora, não recordo-me de algo me surpreendendo, fico sim feliz, ou infeliz, por vezes, com determinados fatos, que também por vezes, possam parecer surpreendentes. Porém, surpreso não é algo comum.
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O prólogo "intermediário" não fugiu da pauta. Nesses vinte e tantos anos de minha existência, onde aceleramos naturalmente o fim de cada ano, como que num mecanismo mental/evolucionário para uma possível procura desesperada de melhora, até o momento irrisória, analisando o histórico, noto algo ruim, "e não tri" no "gráfico" da vida (minha vida), a tendência é piorar. E, mesmo que coloques aí, em suas impressões, que sou demasiado jovem para tais colocações, saibas que não sabes o que sei, nem as concepções que perambulam em minha mente, portanto, não sabes o quão sábio ou aprendiz eu seja.
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Não com discurso maníaco depressivo, ou catastrófico, e sim de consciência real de situação. Simples e triste, se não tivemos melhora em nenhum dos anos deste período, o que te fazes pensar que este será o ano da melhora? Porque depois de amanhã é Virada de Ano? Porque desta vez prometemos que será diferente? Comeremos lentilha também? Piça, todos os dias acordamos (mundo humano) com a última grande chance e não fizemos porra alguma com ela.
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Assim como fiéis aglomeram-se aos domingos pedindo perdão ao seu deus pelos pecados que cometerão a partir de segunda, prometemos ao início de cada ano algo que não servirá como projeto de vida deste ano, e sim de um pedido de desculpas esfarrapado pela grande merda que fizemos no ano corrente. É vergonhoso iniciar um ano prometendo algo que lhe esteve nas mãos durante toda uma vida e não foi feito.
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Não cometerei este erro. Depois de amanhã, não vou começar a acordar mais cedo, não vou falar menos palavrão nem perdoar aqueles que são meus inimigos, não vestirei branco nem comerei lentilhas. E, daqui um ano, o que está me parecendo ser daqui algumas semanas, sentarei, ruminarei as verdades e mentiras que contei e que me foram contadas, e pensarei: Foda-se.
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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Felicidade é o caos

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Já faz um certo tempo, alguns milhões de anos, nossos ancestrais estavam um tanto quanto incomodados vendo os seus sendo comidos por predadores ou massacrados por tribos rivais. Então, resolveram enfrentar o problema.
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Tinham a noção de que coisas pontudas, ou, ao menos muito finas, poderiam ferir a carne, humana ou de animais, ou, matar. Assim, a pedra, de fácil moldagem, e, ao mesmo tempo, dura e resistente o suficiente, tornou-se ótima alternativa para as primeiras armas, transformando-se em pontas de lanças, facas e tal...
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Historiadores da evolução da espécie humana contam que a partir daí, a coisa toda deu um grande passo, pois a carne entrou no cardápio de maneira definitiva. Sem diminuir a importância evolucionária dessas armas/ferramentas, nem o trabalho dos profissionais citados, na minha opinião, o grande feito nesse processo, de chocar pedras com o objetivo de molda-las, não foi exatamente o objeto obtido, feito mesmo era observar que chocando as pedras, por vezes, faíscas apareciam.
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Ora, sabemos o que a informática, por exemplo, evoluiu nos últimos 20 anos, pensando melhor, 10 anos, não, 1 ano... quer dizer... bom, comprei o computador, no qual escrevo este texto, no meio do ano, já está ultrapassado (e quando comprei era um "coice"). Agora, tendo em mente essa nossa capacidade de transformar/evoluir qualquer coisa, é fácil entender que daquelas faíscas que saiam das pedras, para o fogo, foi um tapa. Mais fácil ainda se entenderes que levaram mais tempo do que nós passamos de "tramelinha do bolachão" para pendrive.
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Acelerando um pouco mais o esquema evolucionário, sabe-se que, com o fogo, notou-se que os predadores não se aproximavam; com os predadores "controlados", poderiam dormir no chão; com estes seres mais no chão, e menos nas árvores, torna-se mais comum o andar ereto; assim, tornando as mãos mais ociosas, começam a carregar coisas, aumentando suas habilidades manuais, moldando/manipulando/criando novas ferramentas, com outros materiais, e, daí até chegarmos na Internet é outro tapa.
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Pulando logo este prólogo, que parece mais uma missa de Domingo (espero que não tão chato quanto), entramos na questão da felicidade.
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Se nossos ancestrais não estivessem incomodados com aquela situação, com predadores e inimigos, não teriam criado as armas, daí sem fogo e por aí vai. A felicidade é o caos. O que tu fazes quando feliz? A resposta é simples: NADA. O ser feliz quer mais é que a coisa fique como está. Se tu deixas como está, não trabalhas naquilo, e não evoluirá. Então, se o ócio é o caos, a adversidade, é a mãe da evolução. O ser infeliz, ou melhor, o ser que está numa situação adversa, cria/elabora maneiras de escapar de tal situação.
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Não falo aqui da "infelicidade triste", pois esta também é péssima na "ajuda" para evolução/progresso da mente. Sim, o ser deve obter estímulos, de outra forma, é como brincar de fazer um cão pegar algo e nunca deixa-lo pegar, o cusco certamente perderá a gana em faze-lo. "Infelicidade feliz"? bem, como diz um baita amigo meu do Norte: "Adoro os dias frios, cinzentos, de chuva que me deixam plenamente feliz de tanta tristeza".
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A umas duas semanas atrás, obtive um feito importante, que eu já buscava havia algum tempo, numa jornada longa, cheia de "infelicidade, felizes e tristes", o que tornou este feito ainda mais importante, e também feliz. Esta alegria, pelo feito, foi terrível. No dia do feito, pensava o tempo inteiro em ir para casa, sentar meu lombilho, e escrever sobre. O foda é que toda a tal alegria momentânea me tirou a vontade de escrever, eu queria escrever, mas não tinha o que escrever. No dia mesmo, já havia diagnosticado o problema, e pensei: "bom, se não escrevo hoje, amanhã ou depois já volto ao normal, e escrevo". Piça, a merda toda me tirou duas semanas. Me tirou? Bom, lembra que a felicidade te "faz fazeres nada"? Pois bem, no ócio não evoluo, não evoluindo fico para trás, e perco tempo.
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O que me deixava mais puto era que a raiva da tal alegria momentânea não me trazia de volta ao normal, chega a ser irônico. Continuava me aborrecendo com as notícias, com o que lia, que ouvia, com "aqueles seres iluminados" com seus porta-malas cheios de caixas de som, demonstrando o quão inversamente proporcional são seus cérebros em relação ao volume que usam. Mas não normal, esse estado mesmo só fui "reconquistar" novamente semana passada, com outro episódio, de um asno vomitando crueldade para cima do meu amigo Duff.
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Sejamos coerentes, não há ser feliz, bom, talvez sim, mas é fato que o grau de felicidade do ser é inversamente proporcional a sua ignorância sobre os fatos. O que precisamos são "injeções" momentâneas de alegria, mas, que estas não durem muito, para que não percamos muito tempo.
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Que bom que é ruim, ou, usando uma frase eternizada na minha família pelo meu irmão: "é ruim, mas é tri". Ele usou essa "verdade" com outro propósito, mas certamente se encaixa na minha teoria. Que "prova", que felicidade é o caos evolucionário, que a adversidade é que deve ser buscada, e, que voltei a ser normal, voltei a ser infeliz, felizmente.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Fútilbol, maldade e cultura. Parte 1

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Futebol é fútil, e, por isso, o chamo de "fútilbol". Sim, vejo fútilbol, mas não é bem assim.
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Tirando jogos da dupla Grenal, onde torço para os dois (leia este blog e entenderá), os demais "observo" não pelo "lance", nem pelos "impedimentos e posses de bola". Observo pela questão sociocultural. Parece chato, mas é muito... mas muito mais interessante. Prefiro analisar o quão filho da puta está o Kleber Machado em uma partida do que as "pedaladas patéticas" do Robinho.
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Mas não é o "triatleta" preferido da Dona Gorda, nem as pérolas de seus radialistas, o assunto da pauta.
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A questão é que mesmo este jogo, lembre-se, não é um esporte, sendo absolutamente isento de mínimo teor intelectual, nos deparamos por vezes com seres deslocados no meio "FÚTILbolístico".
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Quando acordei hoje (acho que eram umas 14h), abri a Zero Hora, fui direto na contracapa, não pelo assunto de lá, mas por sempre ler jornais e revistas assim.
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Então leio: "(...) é uma quebra da norma resignada que parecia ser oficial. Já se vê que não é, trata-se apenas do que fica no lugar de uma informação completa ou imprecisa (...)".
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Grande Professor. Consegue, como poucos, descrever uma contratação do Grêmio para próxima temporada, relacionando-a com a imprensa, de uma forma que faça o ser desprovido de tal habilidade cognitiva (99,99% dos leitores) pular o parágrafo, pois ao menos se tocam que não entenderiam o restante.
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Fernandão, maior ídolo da história do Internacional, é um ser diferenciado. Enquanto o restante do grupo fazia compras em Yokohama, Fernando aprimorava seu japonês. Também fala francês, inglês, espanhol, árabe, e talvez mais alguma coisa. Nas entrevistas sempre mostra porque sempre é o capitão e referência técnica por onde passa, mesmo não tendo o "dom de pedalar" e essas coisas.
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Mesmo com Fernandão, por vezes me deparava com certas atitudes que iam contra ao que eu achava do cara e tal... o que era bem estranho. Até que escutei uma frase, também do Professor, esta, no Sala de Redação, que explicou o "desentendido": "(...)este um ser diferenciado, para os parâmetros do futebol(...)".
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Fútilbol, maldade e cultura. Parte 2

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Lembro-me de uma mãe, que tirou seu filho de baixo de um portão de ferro sozinha, com o tal portão sobre os ombros, mais tarde foram precisos 8 homens para recolocar o portão no lugar. Tais forças ocultas aparecem apenas para aqueles que sabem usar o cérebro de uma "certa" forma, ou melhor, para aqueles em que o cérebro faz desta forma, sem o consentimento do ser.
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Ontem, umas 16h, aqui mesmo na frente de casa, estava com o Duff "demarcando o território" (ele obviamente). Ele estava voltando do outro lado da rua, trotando seu rebolado peculiar de um Basset Hound de 34kg, e, no mesmo momento, um homem passava, de carro, em ritmo lento, por pouco não estava na primeira marcha. Quando o cusco já estava com as "mãos" no meio fio, o ser iluminado deu uma "guinadinha" no volante e o acertou com o pára-choques no quadril.
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Sabemos que não podemos nos descontrolar quando algo assim acontece. Se tal ser fez tal crueldade, o que lhe impede de descer do auto com um pé-de-cabra e lhe arrebentar-lhe o lombo? Mas esse tipo de decisão não parte de seu cérebro na tal hora, parte do sangue, da raiva, do poder de indignação, do amor.
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Não tive dúvida, saí gritando atrás do imbecil diversas gentilezas, que, não vou enumera-las agora, pois aqui, o objetivo não é demonstrar-lhes meu enorme vocabulário de palavras com "calão questionável", nem local apropriado para descrever características dos órgãos do patético ser (tamanho, "real" função, e por aí vai).
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Este ser estava sozinho no carro, parou, e de dentro do carro mesmo largou um "vai ti fudê rapá" (em tom de desdém). Não tive tempo para dar de ombros, nem reparar que o asno deveria ter cerca de 1,90m e uns 100 kg (pelo que demonstrava olhando-o de fora). Meu sangue, que já estava dentro daquele carro, fez minha jugular parecer uma Anaconda, e, me peguei procurando uma pedra no chão enquanto continuava a demonstrar-lhe o vocabulário já mencionado com alguns termos que inventei na hora.
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O retardado foi embora, então, pensei que ele não estava mesmo afim era de se incomodar, pois não é possível ter se impressionado com meus 1,68m apenas pelo meu vocabulário e coragem (burrice). Na verdade não, cerca de uns 20 minutos depois ele volta, com o mesmo carro cheio de "homens" (seus homens) e passa ainda mais vagarosamente, parando na frente da minha casa. Quando ele parou o auto, e ficou me olhando, enquanto eu ainda conversava com a vizinha sobre o que acabara de nos revoltar, pensei: Agora fodeu!
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Um ser imbecil assim, que coloca o carro para cima de um cão, que volta com um carro cheio de "homens" pois não gostou de escutar coisas sobre sua genitália e sua mãe de alguém extremamente indignado com razão, por uma atitude cruel de alguém que tem seu tamanho inversamente proporcional ao tamanho de seu cérebro, só pode ser um bandido mesmo. E, sendo um bandido, poderia muito bem ter decido daquele carro, quem sabe armado, para demonstrar o quão "homem" ele é com um bando dos seus contra alguém que a única coisa que tinha a seu favor, era a razão.
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Mas não o fez, depois de uns 10 segundos, seguiu com o auto, e não o vi mais, a menos por hora.
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Fútilbol, maldade e cultura. Parte 3

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No evento "Porto Alegre, uma visão de Futuro", Cláudio Brito, também radialista na Rádio Gaúcha disse, sobre violência: "(...) porque precisamos é de hospitais, escolas, infra-estrutura básica. E não de uma bandeira da Brigada Militar no pátio do colégio no alto do morro. Isso é segurança(...)", falava isto gritando, em resposta a uma atitude do Coronel Mendes, que, fora aplaudida pelos viventes daquela comunidade. Cláudio Brito também foi muito aplaudido neste evento após o emotivo discurso. Disse ele depois: "(...)se os problemas fossem os pobres, não teríamos uma minoria pobre que rouba, e não teríamos os maiores roubos do país, feitos por muito ricos(...)".
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Concordo com o tão nobre carnavalesco. Porém, se lá no evento tivéssemos a oportunidade de levantar a mão, o faria. Me contive então a lhe enviar um e-mail, este, não respondido.
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Ora, há pelo menos uma contradição nas "verdades" do Brito. Se a maioria pobre é honesta, e lhes falta hospitais, escolas e infra-estrutura básica, e os grandes roubos são feitos por muito ricos, se tratando de segurança, não faltam esses serviços porra nenhuma. Alías, tirem logo esses serviços também dos muito ricos, veremos se comportaram-se tão honestamente quanto pobres.
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A resposta é bem simples, e igualmente bem complexa: ou o ser é, ou não é. Bandido é bandido, pobre, rico, gay, hetero, branco, negro, amarelo e rosa. Cansamos de ver pessoas que nos questionamos em como foram pelo caminho "A", sendo que todas as suas verdades e mentiras aprendidas com seus mentores no largo indicavam propensão oposta. Ficamos igualmente aterrorizados com o caminho "B" que alguns seres seguiram quando tudo indicava, visto sua estrutura familiar, financeira e cultural, o caminho contrário.
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Finalizando o "Fútilbol, Maldade e Cultura", chego na conclusão de que tudo é reflexo da mesma questão.
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Uma hora na tua vida deves decidir se seguirá o mesmo caminho, ou não. Escolher entre ver algo, modificando o que olhas, ou continuar metendo goela a baixo as mentiras que lhe são contadas no largo. Criar suas verdades, ou conviver com as verdades contadas por outros. Uma hora na tua vida, deves decidir se queres fazer parte dos 99,99%, ou, ser como eu.
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sábado, 13 de dezembro de 2008

Arquiteto e Urbanista.

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Enquanto não volto ao normal, pelo menos não suficientemente infeliz para escrever algo (obviamente devido aos últimos fatos). Seguem as tais "pranchas" apresentadas no dia 9, não "7", como da outra vez. desta vez foi nove mesmo.
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clicando nas pranchas, elas ampliam...
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comentem...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Cheiro do Café

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Quando se vai analisar as características olfativas de um determinado elemento, ou analisar diferenças entre elementos, como perfumes, cheiro de uma determinada roupa, ver se esta roupa está com cheiro x ou y, um elemento será muito útil: o café.
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O Café é um ótimo elemento neutralizador, ele consegue "apagar" sua "memória olfativa recente" e tornar o próximo elemento a ser testado mais puro, mais próprio, sem a interferência histórica do último recente elemento cheirado.
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Pois bem, experimente abrir um vidro de café solúvel, colocá-lo com a borda na altura de seu queixo, e respirar tranquilamente. Repita este processo respiratório por cerca de um minuto. Notarás que ao final deste período o cheiro do café não terá o mesmo efeito sobre o seu cérebro, tu não sentirás mais ele com mesma intensidade, acostumando-se com a tal característica peculiar do café.
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Ora, se o café, que é um elemento neutralizador, causa este efeito, imagine substâncias mais voláteis, mais agudas, doces ou salgadas, como a raiva, a saudade, mas principalmente, o amor. Amor pelo amado ou a amada, amor pelo pai ou mãe, pelo irmão, e, pela irmã.
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O que é admirável é como o cérebro leva tanto tempo para "não estar mais acostumado com tais substâncias", já que nestas ele não leva um minuto para compreende-las e cair no ócio, leva dias, meses, e muitas vezes anos. É bem possível que seja pelo desafio, pelo algo novo, algo a mais, pela peculiaridade que é característica de cada um destes elementos mais "únicos" e menos neutros.
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Para mim, a resposta é simples. Quando se cheira o café por um minuto, ele não perde seu "brilho" porque perdeu alguma característica química ou física, nós é que o cheiramos de maneira diferenciada com o passar do tempo. O café continua sendo o café. Assim como a raiva, a saudade e o amor continuam sendo os mesmos, mesmo que por um breve momento, ou um, ou outro, sinta que este elemento perdeu seu brilho.

domingo, 28 de setembro de 2008

Meu Trabalho de Conclusão

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Meu Trabalho de Conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo está andando, seguem algumas imagens iniciais...
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Clicando nas imagens elas ampliam, melhorando a visualização. E, comentem.





sábado, 20 de setembro de 2008

O Vinte de Setembro

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Hoje, é dia 20 de setembro de 2008, ou, apenas 20 de Setembro.
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Tenho o costume de escrever grandes textos, por vezes chego a ser cansativo para quem vai ler. Na verdade escrevo apenas quando algo está me atormentando, e/ou minhas atividades não estão "andando". Assim, já tenho o bastante para um livro, já que fico mais tempo na inspiração do que na transpiração.
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Os que realmente me conhecem, sabem que tenho um amor "do tamanho do Rio Grande" pelo Rio Grande do Sul. E, hoje, passei o dia pensando o que escreveria quando "sentasse meu lombilho" frente ao computador. Não me veio nada tão forte e importante quanto o que sinto pela minha Terra. Então, como já estamos quase no dia 21 (data e hora apontadas neste blog são incorretas), agora são h23:17 , decidi deixar aqui estas palavras.
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E, o Hino.
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Como a aurora, precursora
Do farol da divindade
Foi o Vinte de Setembro
O precursor da liberdade
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Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a Terra
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Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
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Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a Terra.
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E, para terminar, mostre-me um povo que cante seu hino com tanta garra quanto o povo Gaúcho. Clicando aqui .

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Episódios como este podem ser vistos facilmente, sempre antes de cada jogo do Inter e do Grêmio. Quando a competição é nacional, obrigatoriamente, o hino tocado nas caixas de som é o braZileiro. Ficando ainda mais emocionante o Hino do Rio Grande do Sul, abafando o som medíocre vindo das caixas.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Bandido Gaúcho é superior também.

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Ontem, dia 16 de setembro, um ladrão de carros, Gaúcho de Passo Fundo, estava "trabalhando", e, após mais uma "atividade do seu cronograma diário", deu-se por conta, após alguns quilômetros, que, no veículo, que acabara de levar, dormia um menino.
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O bagual ficou tão puto que estacionou o auto num lugar seguro, perto de um orelhão, e ligou para Brigada Militar. Então disse o taura para o brigadiano:
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- Olha, vou ser sincero pra ti. Acabo de roubar um carro, em frente ao bar "Tal", acontece que depois notei que dormia um guri no banco traseiro. Então deixei o carro, um Monza, aqui na "Rua Tal", manda uma viatura, e leva o guri para o Filho da Puta do pai dele. Onde já se viu deixar o piá no carro? E mais, avise ao Filho da Puta do pai dele, que se eu roubar mais uma vez o carro dele, e, tiver o guri dentro, eu volto, e mato ele, onde já se viu, deixar o filho no carro?
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Gaúcho, mesmo bandido, não deixa de ser Gaúcho. Se alguém tiver vontade de escutar o áudio da conversa, que foi gravada na Brigada Militar, esta no site da RBS, já que a notícia foi dada hoje, dia 17, no Jornal do Almoço.
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Sabemos, que, em outros estados, teríamos uma atitude diferente. Largariam o guri na rua, matariam o piá, ou talvez arrastariam ele com o próprio automóvel, como já o fizeram. Sabemos que no Rio Grande do Sul também temos coisas ruins, muitas vezes, bem ruins. Mas é indiscutível tal comparação. O Rio Grande do Sul é um outro mundo, que, infelizmente, não teve o sucesso completo na Revolução Farroupilha.
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Viva o Rio Grande do Sul.
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(...)Gritemos pela primeira vez: Viva a República Rio-Grandense! Viva a independência!(...)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ela. Ana

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Para começar, ela sim, eu não.
Ela fala, eu escuto.
Prefere ouvir, eu ler.
Ela quer ver, eu tocar.
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Ela prefere salgado, como meia lata de leite condensado por dia.
Bebe chá, sou mais uísque.
Ela massa, eu churrasco.
Ela bem passado, eu no ponto.
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Ela baixa mp3, escuto a Rádio Gaúcha.
Vê novela, eu Simpsons.
Ela é eclética, escuto AC/DC.
Vê desfiles, vejo Tiberius Kirk e o Capitão Spock.
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Ela vai pela esquerda, vou pelo meio.
É do Norte, eu do Sul
É Gremista, sou Colorado.
Ela torce pelo braZil, vibro com o 20 de Setembro
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Ela é política, tenho uma penca de inimigos.
É correta, sigo minha consciência.
Ela quer o bem, quero que se foda.
É meio simpática, sou um porre "e! meio".
É educada, uso palavrões ao invés de vírgulas.
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Ela é um anjo, moro mais embaixo.
É uma Flor, eu o espinho.
É linda, minhas sobrancelhas são uma só.
Seu cabelo é incrível, eu não tenho desde os 9.
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Ela acredita, eu voto nulo.
Ela acredita, para mim a tendência é o caos.
Ela acredita, sou agnóstico.
Ela acredita, tá bom, talvez.
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Ela dorme, enquanto escrevo.
E provavelmente, estará lendo enquanto ainda durmo.
O que nos une, não é o que vimos de bom.
Para isso, encontra-se milhares de seres iguais.
Mas apenas um diferente.
O que nos une, é a incrível aptidão.
Aptidão de tolerar o que outro tem de ruim.
Para isso sim, se encontra somente um.
Para mim, uma, a Ana.
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sábado, 9 de agosto de 2008

Técnicas Retrospectivas

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Nesse tirei 6. Não concordei, não concordo, nem concordarei.
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Mestres e Medíocres

Alguns me pediram, então aqui vai o texto sobre a "diplomação". de 2007.
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Quando me dei conta de que era alguém, o famoso "desde que me conheço por gente", decidi que tudo o que eu queria da minha vida era ser um veterinário. Fiquei com essa idéia até dezembro de 2002, quando vi o que era a arquitetura. Quando digo que vi a arquitetura, eu quero dizer ver, e não olhar, se não sabes o sentido cognitivo disto, desista de ler, pois não poderá entender.
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Eu me apaixonei pela arte, a arquitetura te possibilita dar uma de Deus, e criar. Todo ser vivo sonha com este poder, criar é a ponte que nos separa das demais espécies, nossa criatividade, curiosidade, e principalmente nossa maldade são as causas da atual situação da nossa espécie e do planeta que ocupamos. Sou convencido, muito convencido, e embora muitas vezes acomodado, sempre tive a certeza que faria parte de algo grande, muito grande, notável. Sempre que pensava no meu futuro, principalmente como arquiteto, sonhava... melhor... mirava algo notável mundialmente. Gaúchismo a parte, acredito que todos que querem se tornar um arquiteto pensam o mesmo, ao menos os que não são completos imbecis.
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Porém, depois do último dia sete (07/12/2007), comecei a me apavorar, estou com medo de ser mais um desses merdas que sempre critiquei. Neste dia, pude ver o que até agora haviam escondido de mim: arquitetura não é criação, e sim transpiração, bem mais transpiração, que decepcionante. Como pude ser tão burro e ingênuo.
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Sempre acreditei que a nota era algo desprezível. Quando estava na 3º série ganhei um 4,5 por teimar com a professora que o que ela estava pronunciando em inglês era "puta", e não "praia", e ainda só não fui suspenso pela direção porque notaram que eu estava achando ótimo ficar três dias sem ir na escola. Quando cheguei na universidade, lá no 3º ou 4º semestre ganhei um 5,8, notando que o meu trabalho estava superior a alguns "8 e 9", questionei "meu" mero mentor, a explicação era minha falta de controle no uso de algumas palavras de "calão" questionável, que, acredito, deixavam este ser iluminado frustrado, talvez pelo sentido delas.
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É uma pena, que não há lugar para a arte na arquitetura, e acredite, não há. Sempre achamos que na universidade podemos fazer e acontecer, e que depois, na vida pós universidade, é que a coisa complica, e muitas vezes é preciso ser mais modesto com sua criatividade, pois as pessoas para quem você trabalhará não estarão preparadas, seja financeiramente ou culturalmente. Não é bem assim. Dentro da universidade também há esta poda, inexplicável na opinião desta medíocre mente que vos fala. Inexplicável pois os "clientes" na universidade possuem uma grande flexibilidade "virtual" financeira, e mais inexplicável ainda é que lá, é que a escassez cultural deveria ser o menor problema.
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Quando algo é "inicialmente" inexplicável, abre-se uma grande variável de explicações, absurdas ou não, daí, cada ser, julgando e analisando só, vê de uma perspectiva diferente o fato. Para os que fizeram o "inexplicável", fodam-se, pois deixaram a lacuna para o ser que ficou perplexo pensar nas mais absurdas possibilidades.
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Não quero acreditar na escassez cultural dos clientes na universidade, pois, por hora, não parece ser o problema, mas apenas por hora. Inevitável minha primeira impressão sobre o tema, sem nenhum cunho emocional, algo que transparece de imediato para todos que viram, ouviram, e principalmente, "sentiram" o ambiente no dia sete, é a frustração. Exatamente, malogro é a primeira, e até o momento a mais convincente das explicações possíveis para a completa falta de noção e sensibilidade cultural que foi dada.
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Sempre acreditei, e nisso ainda acredito, que o mestre, o verdadeiro mestre, faz do aluno um mestre, faz deste aluno, sua grande obra prima, o motivo de orgulho, a razão de ser mestre, ou não passa de um mero mentor. Quando o mestre cobiça o saber do aprendiz, ao invés de admirar sua grande obra prima, fica clara a incapacidade de ser o mestre, neste caso, não chega a ser um mero mentor, passa a ser um medíocre.
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Para os interessados, não se preocupem, não quero ver ninguém frustrado no final do ano que vem, ou talvez no meio de 2009, limitarei minha criatividade o bastante para que não haja tanta transpiração da minha parte, e principalmente frustração no ambiente em que eu passarei, e passarei, de aluno para mestre!
jaime maggi fernandes.

domingo, 20 de julho de 2008

Dois entram. Quantos jogam?

Faça apenas um breve deja vu em suas lembranças, sejam elas recentes ou não. Estou na casa dos 20, e acompanho o futebol faz pouco, sou da geração que começou a dizer que seria jogador quando crescesse depois que vi o Romário, saltando mais alto que zagueiros que pareciam ter o dobro de sua altura, do "sai que é tua Taffarel" e do Baggio chutando pra fora no Acabou! Acabou!..., e por aí vai. Mas... embora com pouco tempo de acompanhamento, o tesão por isso já não é a metade de quando Dunga levantou a taça. Quando comecei a olhar o futebol, a única coisa que eu imaginava eram dois times, para um eu torço, para outro não. E assim era bom, poderia ser qualquer jogo, ora torcia para um que simpatizava, ora para o mais fraco, ora para o que demonstrasse mais empenho. Simples assim: um jogo.
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O problema foi depois. Comecei a notar um terceiro elemento, além dos dois grupos de jogadores na peleja, havia um senhor, geralmente num traje preto (sem preconceitos, hoje também temos mulheres nesta função), depois vi que esse indivíduo estava sempre acompanhado também de seus "comparsas". Engraçado, mas se conheces alguém, que quando notou pela primeira vez este elemento no gramado não foi para xingar sua mãe, me apresente. Não, o assunto aqui não é o árbitro, não apenas o árbitro, já que minha frustração não acabou aí. Depois comecei a associar alguns nomes e atitudes, com uma terminologia que me pareciam patentes, dependendo das tais atitudes e do grau de complexidade delas: tal como técnico, assistente técnico, vice de futebol (juro, esse demorei para entender, e hoje ainda acho o termo mal empregado), e o temido presidente. Claro, há outros, mas aí falaríamos apenas de hierarquia. Isso para citar apenas dentro de um clube, quando saímos dele a coisa toma um rumo muito mais complexo, e também muito deprimente para quem olha toda a coisa podre de uma maneira diferente, e se torna num ex-apreciador de futebol.
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Sou torcedor do Internacional, mas embora adore ganhar um Grenal, sou antes de colorado um Gaúcho. Vibrei muito, acreditem, quando o Juventude calou aquele Parque Antártica lotado de "ouro e leite fresco"; também foi música para os meus ouvidos o silêncio do Kleber Machado e do "Jonas Greb" quando o Tricolor Gaúcho calou o Morumbi e a Vila Belmiro. Seria desnecessário então falar do "(...)Rasga a camisa do São Paulo, piiiiiisa nela(...)", e por aí vai. Mas infelizmente não é assim. Vibramos, comemoramos, rimos e nos descabelamos, enfim, torcemos incondicionalmente. Para nada? Será mesmo?
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Ora, dois times entram em campo, mas muito antes do início da temporada, muitos outros já entraram. Enquanto os torcedores estão vindo com suas bandeiras e caras pintadas, os empresários, os verdadeiros "donos do campinho", já estão voltando com os Euros em suas cuecas. Naquele minuto de silêncio tradicional antes do início de cada jogo, antes do Sr. Juiz apitar o começo da encenação, o torcedor antes de conferir a escalação, deve torcer contra outros adversários, muito mais bem treinados, com um sistema tático infalível, com uma defesa impenetrável, e centroavantes realmente matadores.
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Mas, se estamos cansados de saber que temos que torcer para que a CBF não diga qual o campeão antes do início do campeonato; que o STJD faça realmente o trabalho dele, e não fique fazendo o trabalho dele apenas em alguns casos "imparcialmente" escolhidos a dedo; que os nossos "vices de futebol" não escalem pernas de pau de maneira grosseira sei lá por que, ao invés de um gurí que está comendo grama nas categorias de base; que alguns senhores e senhoras dos meios de comunicação comecem a ser imparciais em seus comentários maldosos e tendenciosos; e mais uma centena de outras coisas podres no qual o esporte mais popular do país se tornou. Então, porque ainda torcemos? Se o vencedor já existe independente dos esforços que os nossos escolhidos tenham?
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Vimos claramente como foi o título que deram de Natal ao Corinthians em 2005; assim como foi o Vasco em 1974; com o Palmeiras em 1982; o rebaixamento absurdo do Brasil de Pelotas em 1986 por ter ganho do Flamengo; o Fluminense de 96 cai sei lá quantas vezes para 2º e 3º e os "timecos grandes" juntamente com a "toda poderosa" ficam ressuscitando-o por ser um clube histórico; o rebaixamento do Botafogo em 99, e o jeitinho todo brasileiro que deram para ele disputar a séria A 2000 (inclusive só foi nesse momento que conseguiram trazer o Fluminense de volta)...
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Bhá, só escrevendo já me da um baita sentimento de burrice. Afinal, eu olho tudo isso, não faço nada. Pior de tudo, meus times do coração não fazem nada também, o que me leva a pensar que para eles está ótimo assim. Então, o meu time, assim como o time dos meus amigos, familiares, namorada, e inclusive o teu time, estão nos enganado, pois também estão ricos, muito ricos. Gostaria muito de continuar torcendo, vibrando, corneteando, mas enquanto dois times entrarem em campo, e eu tiver que torcer contra tantos outros ao mesmo tempo, 11 jogadores apenas me deixam com uma enorme desvantagem. Não, e eu não caio mais nesta.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Gaúchos e braZileiros. part 2

segue texto de Chico Lang, na gazeta. São Paulo...
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" Técnicos gaúchos formam bando de fracassados
O fracasso do Fluminense na Libertadores (perdeu o título nos pênaltis para a fraquinha LDU, do Equador) levanta de novo a poeira sobre a performance dos treinadores gaúchos. Renato, considerado um revolucionário, malogrou como os conservadores. Isto é, Felipão afundou na Eurocopa com Portugal. Mano Menezes levou uma trauletada na Copa do Brasil pelo Corinthians. Quer dizer, os caras tem 'complexo de Moisés': indicam o caminho, mas nunca chegam à terra prometida.Todos parecem sofrer do mesmo mal: prepotência e arrogância. Não têm aquela simplicidade exigida para os vencedores, a humildade na glória, no caso deles a 'quase glória'. A esperança de alguma mudança ainda é Tite. Esse, aliás, tido como uma paizão, o tipo do treinador amigo, por isso mesmo vítima dos boleiros mais folgados. A pergunta é jornalística: o mineiro Telê Santana perderia o título para a LDU? O carioca Vanderlei Luxemburgo, se estivesse no Timão, deixaria o Sport levar a melhor? E o também carioca Abel Braga, campeão do Mundo pelo Inter Gaúcho? O paulista Muricy Ramalho marcaria tanta touca? Só para lembrar o atual treinador da seleção brasileira é o incomum Dunga, por sinal, gaúcho também. E assim caminha a mediocridade..."
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Não sei o que acharam, mas no post anterior, segue a resposta que enviei para o seu e-mail, no bolasolta@gazetaesportiva.com.br

Gaúchos e braZileiros

(continua no próximo post...)

Quando pensei em te escrever acreditava que escreveria um baita texto. No entanto, quando comecei pensei que seria melhor um bem menor, de acordo com a capacidade que demostraste escrevendo, achei melhor não falar nada muito prolongado, prolixo, e sim um com significado mastigado, pois se eu tivesse no texto meia palavra do que eu realmente penso a teu respeito, e de muitos colunistas deste que tu chama de braZil, abandonarias a leitura na segunda linha, se já não o fizestes.
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Técnicos gaúchos, pesquise algo a respeito, é uma dica, fica feio, sair dizendo o que vem na cabeça sem ao menos uma pesquisa, um profissional da área deve se dar ao luxo de, ao menos quando for aos pés, ler algo. Sobre história, por exemplo, para que não saia em público vomitando bobagens como dois bêbados em um boteco qualquer discutindo o último fla-flu. Mostrastes não entender nada de futebol, nada de história do futebol.
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O Flu chegou em um lugar onde jamais esteve em cento e tantos anos de sua história (mas pra ti isso deve ser mérito da direção). Mano pegou o seu Timinho naquele estado, chegou a uma final de copa do braZil (mas deve ser méritos da grande direção, que a única coisa que conseguiu fazer além de comprar o título de 2005 foi afundar um time que não é time, é o projeto de uma torcida doentia). Felipão também deve ser um péssimo técnico (qual o último título mundial do teu país?), o Ronaldo agradece até hoje em público o fato de ter dado a volta por cima com a ajuda de um certo gaúcho. Falando em Ronaldo, o Cristiando Ronaldo, também disse que seu futebol chegou ao nível que chegou (objetivo, e não um "pedalador" sem sentido como vocês aí de cima adoram) graças ao gaúcho em questão, que também é tido como ídolo naquele país, pois o transformou em favorito nas competições, coisa que não acontecia. Qual técnico possui o único título brasileiro de forma invicta, tu sabes? Pelo jeito não.
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Ler faz bem caro escritor brasileiro. Sei que modelo pra ti é Luxemburgo, aquele que afundou o Palmeiras, a Seleção Brasileira, o Santos, o Corinthians, o "Real Madrid" (esse se ergueu novamente apenas na temporada passada), e agora afundará o Palmeiras novamente. A propósito, esse técnico foi humilhado ano passado por um certo técnico Mano Menezes, na Libertadores, também eliminou o "seu" Muricy na mesma competição. Esqueceu a Copa de 2002 com Felipão, ou os títulos da América e do mundo do Flamengo de Carpegiane, ou do Grêmio de Espinoza e Felipão, o título da América do Palmeiras com o mesmo Felipão, os títulos nacionais de Ênio Andrade, Felipão, Tite, Valmir Louruz, o próprio Renato com o Fluminense e Cláudio Duarte.
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Esqueceu de muita coisa. Esqueceu das duas Copas que Telê perdeu. Ignorou que Luxemburgo perdeu para o Sport antes do Mano Menezes, o mesmo acontecendo com Abel Braga. Fostes muito infeliz, apaixonado pela tua própria teoria esqueceu dos fatos. Mas esqueci, acho que não lestes até o fim. Assim, da próxima vez que escreveres, provarás de novo que não lestes nem ao ires aos pés, mas que sempre sai do banheiro com o texto pronto, e os dedos sujos.

início...

Este obviamente é o primeiro. Não sei se haverá outros, pretendo, mas não é sempre presente a vontade de se escrever o que se pensa. De qualquer forma, sempre que este "santo baixar", e alguém com saco aparecer, terá um pouco de... quer dizer... terá cada vez mais, de cada vez menos. Ou não também.