sábado, 18 de julho de 2009

Todos torcemos para o Corinthians

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Eu não gosto de futebol. Eu vejo, eu torço. Eu vibro com cada gol do Inter, do Grêmio, e de todos os lances que possam fazer justiça contra a roubalheira.
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Eu não gosto de futebol. Um dos momentos esportivos mais felizes da minha vida foi o triunfo do Grêmio sobre o Corinthinas na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2007. Sou Colorado, e o que o Grêmio fez foi simplesmente justiça. Colocou o time de São Paulo na Segunda Divisão, foi devidamente rebaixado ao seu posto.
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Eu não gosto de futebol. Eu sei o que se passa nele, nacional e internacionalmente. Escalação, titulares e reservas, mercado, e mais um monte de coisa que envolve esse jogo podre. Não gosto do Senado, isso não me impede de saber quais os cargos secretos que o José Sarney ou o Wellington Salgado criaram para embolsar seus 33,8 milhões num único ano (só de forma legal).
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Eu não gosto de futebol. E não me venha falar dele, pois me aborreço uma barbaridade. Pois assim como na questão pública administrativa e judiciária, e nas religiões, a coisa toda é podre, fede, rouba, mata, e a porcaria mental continua se alimentando de lixo, não como urubus, mas como coveiros.
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Eu não gosto de futebol. Pois ele proporciona que a principal rede de televisão de um país de mentes ignorantes, enfie pensamentos goela a baixo sem o menor senso de crueldade, aproveitando-se de uma persuasão íntima podre, que lhe da o direito de encher suas cuecas de dinheiro lavado por mãos sujas de sangue.
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Eu não gosto de futebol. Pois o dinheiro público, que se já não fosse muito mal empregado o suficiente, acaba sendo lavado também nessa encenação entre quatro linhas, por pessoas que não deveriam sequer sair de dentro quadro paredes. Poder público esse, que, escolhe juntamente com a Dona Gorda Global quem será o grande campeão do ano em faturamentos milionários, mascarados em pseudo medalhas que não foram conquistadas no campo, mas fora dele. Como nas escutas da Polícia Federal de 2005. Que não levaram a nada, pois o genro do do Sr. Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange, o nobre Sr. Ricardo Teixeira, declarou que não fosse levantada essa merda toda junto ao ventilador devido a uma candidatura a Copa de 2014.
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Eu não gosto de futebol. Nem vou gostar. Pois, Sr. Fernando Carvalho, mesmo a bola realmente tendo punido, como o Senhor já me antecipara, não foi o suficiente para que a vergonha acabasse, para que a mão grande não acabasse de crescer numa progressão geométrica de razão milionária. Pois como vês, o Corinthians, que mesmo não sendo time, e sim um projeto de uma torcida doente, custeada com dinheiro público, volta a levar multidões de mentes ignorantes a acreditar que a Copa do Brasil foi ganha de forma justa, e não da maneira que vi. Ali, metros diante de meus olhos, e da minha boca calada, não de medo ou espanto, mas de rouquidão, pois acabara, momentos antes do apito do nobre juiz, de cantar, juntamente com mais de 50.000 pessoas vestidas de vermelho, o hino do Rio Grande do Sul. Não vermelho apenas Colorado, mas um vermelho de sangue, de paixão, de vingança, de justiça, contra o monocromático e impune time que nada teme, pois tem a lei e os que fazem a lei a seu favor.
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Eu não gosto de futebol. Pois em 2008, o Grêmio estava 12 pontos na frente do segundo colocado do campeonato nacional. Para o campeonato mais difícil do mundo é muita coisa. O clube gaúcho já era considerado por muitos como o campeão daquele ano. O grande responsável por isso claramente era seu técnico, Celso Roth, pois fizera um grupo bem limitado, tecnicamente, jogar de forma competitiva e regular, num campeonato longo. Eis que a Polícia Federal começa uma série de investigações sobre o patrimônio do Técnico. O STJD (órgão esportivo que condena jogadores que atrapalham o projeto milionário da CBF) pune jogadores do Grêmio por lances ridículos. O time do Grêmio não joga mais da maneira consistente que apresentara semanas atrás. Fim. O São Paulo é campeão novamente.
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Eu não Gosto de futebol. Pois a Globo, que durante algumas semanas (em que o Grêmio estava na frente), chegou a passar notícias de Xadrez em seus programas esportivos, volta sorridente com manchetes como "Pegamos Eles novamente", ou, "Vocês são ladrões, tentando ganhar algo que nós devidamente pagamos".
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Eu não gosto de futebol. Pois na Copa do Brasil de 2009, o time do Internacional chegou em São Paulo e logo no segundo minuto de jogo estava fazendo 1 a 0. O Zagueiro corinthiano aplica uma voadora por trás do atacante dentro da área. Nada acontece. O time de São Paulo espanca os jogadores colorados o jogo inteiro e o árbitro só nota faltas para lado oposto. O jogo acaba 2 a 0, com um gol irregular e um monte de lances espantosos. No segundo jogo, voltam os lances bizarros, e o time que estava quebrado em 2007 compra mais um campeonato, com direito a salário de R$ 2 milhões somente para um jogador, Ronaldo, e mais uma penca de gastos monstruosos custeado com dinheiro público. E, agora, ainda recebe "indicações" do Presidente da República para a construção de um novo estádio.
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Eu não gosto de futebol. Pois vivo em um país que, se já não bastasse a enorme dificuldade em se torcer contra todos os fatores políticos extra campo, após vencer o jogo, o juiz, a CBF, o STJD, a emissora de TV, há uma grande reunião, e os jogos são remarcados para que os resultados não fujam do previamente combinado. Assim, o slogan do campeonato continua sendo o mais difícil do mundo, com os dizeres "Não adianta nos vencer, nós remarcamos até que o resultado seja nosso!"
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Eu não gosto de futebol. Já que só comemorarei um título nacional quando o golpe for muito mal dado. E, esse ano, as coisas já se mostram semelhantes aos anos anteriores. A Globo já fala em "Tríplice Coroa Corinthiana".
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Eu não gosto de futebol. Nem vou gostar. E, se queres gostar tanto quanto eu, assista aos vídeos abaixo. E entenderás como um Colorado torce demasiadamente para o principal rival.
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Porém, se queres continuar a acreditar em suas convicções, que, na verdade, são convicções que lhe enfiaram goela a baixo. Continuar a acreditar que tudo isso é real, que é uma competição de verdade, e não um grande teatro para enganar os olhos enquanto lhes rouba o pão. Não veja. Continues acreditando que "o braZil é um país de todos". Que a justiça é cega. Que o Presidente é o presidente de todos, e, portanto, o Corinthians também é o time de todos.

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http://www.youtube.com/watch?v=ljCcptbBJJU&NR=1

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http://www.youtube.com/watch?v=fdv6s7fyOMI
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