domingo, 20 de junho de 2010

Um peso, várias medidas

Antes do jogo braZil X Costa do Marfim, os comentaristas da Globo, guiados sempre pelo Sr. Imparcialidade Galvão Bueno, vibravam com a decadência da França no Copa do Mundo. Argumentavam que a França estava merecendo se foder, já que estava na Copa devido a um gol que teve origem uma “ajeitada” de mão de Thierry Henry.
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Agora, (o jogo está no segundo tempo) Luis Fabiano, evidentemente do braZil, acaba de fazer um gol que praticamente coloca a seleção mais Filho da Puta de todas na próxima fase dessa competição. Tal gol, SÓ! foi possível graças a DOIS dribles feitos com o braço. Ou, graças a Deus, segundo leitura labial em sua comemoração com os dedos em riste, na direção de uma força metafísica que certamente não olha pelas outras equipes e nações.
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Mas o mais interessante não é o já conhecido caráter de jogadores de inútilbol. Foda mesmo foi a comemoração do Galvão Bueno e seus imbecis pela falta de visualização do árbitro (cara que arbitra) e, é claro, agradecendo a malandragem braZileira.
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Não me chame de braZileiro!
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Correção, acabou o jogo. Luis Fabiano diz que esse foi o gol mais bonito de sua carreira, e "essa" foi uma "mão santa, uma mão de Deus".
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Mais uma vez: Não me chame de braZileiro!

sábado, 19 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mais uma idéia não compreendida

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ECOEFICIÊNCIA NA CONSTRUÇÃO:
SISTEMAS INTELIGENTES
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“O sistema que, para seu funcionamento, tenha todo, ou o possível, de seus recursos gerados de seu próprio sistema, é eficiente, e principalmente, inteligente”.
Jaime Maggi Fernandes
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Resumo
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A sustentabilidade, na construção, baseia-se no uso inteligente dos recursos necessários para o desenvolvimento da atividade, assim como em obter resultados mais eficientes desses recursos. Tudo, com menor impacto possível nas futuras gerações, que, são dependentes dessa fonte de recursos, ou outras fontes, direta ou indiretamente ligadas a essa. O presente artigo aborda uma síntese dessa mecânica entre o problema e as possíveis soluções que a arquitetura oferece para o uso equivocado de recursos na construção.
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Introdução
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Já consolidada (consolidada como conceito, não como prática da sociedade), a idéia de ações sustentáveis na construção é: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Então, analisa-se o problema do planeta, por exemplo. Dele, subdividimos e analisamos os problemas dos continentes, depois de países e regiões, no mesmo processo chegamos às comunidades, bairros, ruas, residências, até chegarmos no indivíduo. A partir do indivíduo a análise é igualmente complexa e não menos importante, já que a sociedade é um organismo, e o indivíduo, um “pedaço” desse organismo. Todo problema observado em um sistema, como o “sistema planeta”, tem sua análise originada do indivíduo. Então, sabemos onde podemos chegar na procura do início de um problema, no infinito. Assim, inteligente é analisar e aprimorar a dinâmica desse problema, e sua cura, ao invés da procura “infinita” pela origem problemática.
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Revisão Teórica
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As afirmações e ações, quando existentes, da arquitetura sobre o uso racional de recursos, já são conhecidas, e seus resultados, positivos e negativos, também. É sabido que o problema é cultural. A educação que é dada, tanto na formação de profissionais, quanto na ação desses em repassar essa informação para sociedade, é coerente, inteligente e séria; no entanto, incompleta.
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As informações sobre o Relatório Brundtlan* e suas conclusões, por exemplo, são importantes para o acadêmico. No entanto, para o “acadêmico formado” (profissional), entender a necessidade de um projeto inteligente e eficiente, e, principalmente, aprender a fazê-lo, é passada quase que despercebida. Muito é falado sobre o aproveitamento de água da chuva e reciclagem da mesma, por exemplo, mas a maioria dos arquitetos e engenheiros não sabe qual a diferença entre uma torneira comum e uma de ¼ de fechamento cerâmico, tampouco sobre as relações de eficiência energética entre as mesmas.
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* Relatório Brundtlan - documento intitulado “Nosso Futuro Comum”, publicado em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
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Segundo a CEBDS**, "reduzir o consumo de materiais e energia com bens e serviços, e agregar valor aos mesmos, assim como a dispersão de produtos tóxicos, reciclagem, e uso coerente de recursos e produtos mais eficientes, são a base para Ecoeficiência". O profissional (da construção) é o responsável em conscientizar a sociedade desses elementos.
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** CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.
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Tornar esse processo de evolução da sociedade é demorado. E ao contrário do que a própria sociedade pensa, pode ser lucrativo. Os indivíduos, as empresas ou os setores públicos, não entrarão num processo, que lhes apresenta desvantagem econômica. Não vão e não devem! Como o próprio conceito da CEBDS afirma, “agregar valor”. Agregando valor aos sistemas sustentáveis, a sociedade não só fará pelo bem do planeta e de futuras gerações, fará com objetivos economicamente positivos.
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A empresa GERDAU***, por exemplo, assim como outras do ramo, hoje, vendem armaduras com barras já cortadas e dobradas, conforme projeto estrutural. A empresa ganha com isso, pois cobra pelo corte e dobra, mas, principalmente, o cliente, que compra aproximadamente 10% a menos de ferro em relação às barras inteiras. O cliente ainda obtém vantagens financeiras e de tempo na mão de obra, que deve apenas montar as armaduras. Além do ganho técnico, com um padrão de estrutura superior. Mesmo que o objetivo dessas empresas seja o lucro, estão contribuindo positivamente. O departamento de marketing da empresa citada não usa isso de maneira inteligente como propaganda eco-ambiental, até o momento (como propaganda, usa apenas as origens de sua matéria prima: reciclagem). Mesmo assim há sobras de ferro, essas, voltam para GERDAU, onde são reaproveitadas.
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*** GERDAU - fornecedora de produtos de aço, como ferros longos, malhas pregos e outros.
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Considerações Finais
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É o profissional da área o responsável direto pelo estado positivo ou negativo de uma ação no meio. A sociedade, que procura esse profissional, é passível de persuasão, através de considerações práticas, como informações técnicas de eficiência de um ou outro produto, e também econômica (fundamental). Mesmo com a mobilização de entidades sobre o tema, muito pouco é feito no sentido de “ensinar a fazer”. Não há fundamento em realizar inúmeras palestras e artigos (como este! hó...) sobre conscientização para os riscos de uma cidade não auto-sustentável, quando não há educação sobre a prática dessa tendência obrigatória.
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Muita crítica é feita sobre empresas, no entanto, as maiores ações positivas para uma sociedade sustentável são delas. Além da já citada GERDAU, empresas como Grupo Abril, bancos, e, até mesmo a Petrobras, tomam mais medidas que o setor público ou indivíduos isoladamente. Então “vilãs” com objetivo financeiro, disfarçadas de “eco - heróis”, contribuem mais que usuários dessas empresas (profissionais e clientes). Para o Planeta e para as futuras gerações, os resultados obtidos dessas ações valem, seus motivos não.
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Não é mais tempo de se falar sobre sistemas sustáveis. As medidas estão atrasadas!
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Esse artigo, entra na minha extensa e espirituosa relação de atividades não compreendidas. É definido: não faço parte do comum!
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