sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Fútilbol, maldade e cultura. Parte 1

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Futebol é fútil, e, por isso, o chamo de "fútilbol". Sim, vejo fútilbol, mas não é bem assim.
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Tirando jogos da dupla Grenal, onde torço para os dois (leia este blog e entenderá), os demais "observo" não pelo "lance", nem pelos "impedimentos e posses de bola". Observo pela questão sociocultural. Parece chato, mas é muito... mas muito mais interessante. Prefiro analisar o quão filho da puta está o Kleber Machado em uma partida do que as "pedaladas patéticas" do Robinho.
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Mas não é o "triatleta" preferido da Dona Gorda, nem as pérolas de seus radialistas, o assunto da pauta.
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A questão é que mesmo este jogo, lembre-se, não é um esporte, sendo absolutamente isento de mínimo teor intelectual, nos deparamos por vezes com seres deslocados no meio "FÚTILbolístico".
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Quando acordei hoje (acho que eram umas 14h), abri a Zero Hora, fui direto na contracapa, não pelo assunto de lá, mas por sempre ler jornais e revistas assim.
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Então leio: "(...) é uma quebra da norma resignada que parecia ser oficial. Já se vê que não é, trata-se apenas do que fica no lugar de uma informação completa ou imprecisa (...)".
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Grande Professor. Consegue, como poucos, descrever uma contratação do Grêmio para próxima temporada, relacionando-a com a imprensa, de uma forma que faça o ser desprovido de tal habilidade cognitiva (99,99% dos leitores) pular o parágrafo, pois ao menos se tocam que não entenderiam o restante.
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Fernandão, maior ídolo da história do Internacional, é um ser diferenciado. Enquanto o restante do grupo fazia compras em Yokohama, Fernando aprimorava seu japonês. Também fala francês, inglês, espanhol, árabe, e talvez mais alguma coisa. Nas entrevistas sempre mostra porque sempre é o capitão e referência técnica por onde passa, mesmo não tendo o "dom de pedalar" e essas coisas.
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Mesmo com Fernandão, por vezes me deparava com certas atitudes que iam contra ao que eu achava do cara e tal... o que era bem estranho. Até que escutei uma frase, também do Professor, esta, no Sala de Redação, que explicou o "desentendido": "(...)este um ser diferenciado, para os parâmetros do futebol(...)".
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