sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Fútilbol, maldade e cultura. Parte 2

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Lembro-me de uma mãe, que tirou seu filho de baixo de um portão de ferro sozinha, com o tal portão sobre os ombros, mais tarde foram precisos 8 homens para recolocar o portão no lugar. Tais forças ocultas aparecem apenas para aqueles que sabem usar o cérebro de uma "certa" forma, ou melhor, para aqueles em que o cérebro faz desta forma, sem o consentimento do ser.
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Ontem, umas 16h, aqui mesmo na frente de casa, estava com o Duff "demarcando o território" (ele obviamente). Ele estava voltando do outro lado da rua, trotando seu rebolado peculiar de um Basset Hound de 34kg, e, no mesmo momento, um homem passava, de carro, em ritmo lento, por pouco não estava na primeira marcha. Quando o cusco já estava com as "mãos" no meio fio, o ser iluminado deu uma "guinadinha" no volante e o acertou com o pára-choques no quadril.
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Sabemos que não podemos nos descontrolar quando algo assim acontece. Se tal ser fez tal crueldade, o que lhe impede de descer do auto com um pé-de-cabra e lhe arrebentar-lhe o lombo? Mas esse tipo de decisão não parte de seu cérebro na tal hora, parte do sangue, da raiva, do poder de indignação, do amor.
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Não tive dúvida, saí gritando atrás do imbecil diversas gentilezas, que, não vou enumera-las agora, pois aqui, o objetivo não é demonstrar-lhes meu enorme vocabulário de palavras com "calão questionável", nem local apropriado para descrever características dos órgãos do patético ser (tamanho, "real" função, e por aí vai).
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Este ser estava sozinho no carro, parou, e de dentro do carro mesmo largou um "vai ti fudê rapá" (em tom de desdém). Não tive tempo para dar de ombros, nem reparar que o asno deveria ter cerca de 1,90m e uns 100 kg (pelo que demonstrava olhando-o de fora). Meu sangue, que já estava dentro daquele carro, fez minha jugular parecer uma Anaconda, e, me peguei procurando uma pedra no chão enquanto continuava a demonstrar-lhe o vocabulário já mencionado com alguns termos que inventei na hora.
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O retardado foi embora, então, pensei que ele não estava mesmo afim era de se incomodar, pois não é possível ter se impressionado com meus 1,68m apenas pelo meu vocabulário e coragem (burrice). Na verdade não, cerca de uns 20 minutos depois ele volta, com o mesmo carro cheio de "homens" (seus homens) e passa ainda mais vagarosamente, parando na frente da minha casa. Quando ele parou o auto, e ficou me olhando, enquanto eu ainda conversava com a vizinha sobre o que acabara de nos revoltar, pensei: Agora fodeu!
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Um ser imbecil assim, que coloca o carro para cima de um cão, que volta com um carro cheio de "homens" pois não gostou de escutar coisas sobre sua genitália e sua mãe de alguém extremamente indignado com razão, por uma atitude cruel de alguém que tem seu tamanho inversamente proporcional ao tamanho de seu cérebro, só pode ser um bandido mesmo. E, sendo um bandido, poderia muito bem ter decido daquele carro, quem sabe armado, para demonstrar o quão "homem" ele é com um bando dos seus contra alguém que a única coisa que tinha a seu favor, era a razão.
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Mas não o fez, depois de uns 10 segundos, seguiu com o auto, e não o vi mais, a menos por hora.
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