sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Fútilbol, maldade e cultura. Parte 3

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No evento "Porto Alegre, uma visão de Futuro", Cláudio Brito, também radialista na Rádio Gaúcha disse, sobre violência: "(...) porque precisamos é de hospitais, escolas, infra-estrutura básica. E não de uma bandeira da Brigada Militar no pátio do colégio no alto do morro. Isso é segurança(...)", falava isto gritando, em resposta a uma atitude do Coronel Mendes, que, fora aplaudida pelos viventes daquela comunidade. Cláudio Brito também foi muito aplaudido neste evento após o emotivo discurso. Disse ele depois: "(...)se os problemas fossem os pobres, não teríamos uma minoria pobre que rouba, e não teríamos os maiores roubos do país, feitos por muito ricos(...)".
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Concordo com o tão nobre carnavalesco. Porém, se lá no evento tivéssemos a oportunidade de levantar a mão, o faria. Me contive então a lhe enviar um e-mail, este, não respondido.
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Ora, há pelo menos uma contradição nas "verdades" do Brito. Se a maioria pobre é honesta, e lhes falta hospitais, escolas e infra-estrutura básica, e os grandes roubos são feitos por muito ricos, se tratando de segurança, não faltam esses serviços porra nenhuma. Alías, tirem logo esses serviços também dos muito ricos, veremos se comportaram-se tão honestamente quanto pobres.
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A resposta é bem simples, e igualmente bem complexa: ou o ser é, ou não é. Bandido é bandido, pobre, rico, gay, hetero, branco, negro, amarelo e rosa. Cansamos de ver pessoas que nos questionamos em como foram pelo caminho "A", sendo que todas as suas verdades e mentiras aprendidas com seus mentores no largo indicavam propensão oposta. Ficamos igualmente aterrorizados com o caminho "B" que alguns seres seguiram quando tudo indicava, visto sua estrutura familiar, financeira e cultural, o caminho contrário.
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Finalizando o "Fútilbol, Maldade e Cultura", chego na conclusão de que tudo é reflexo da mesma questão.
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Uma hora na tua vida deves decidir se seguirá o mesmo caminho, ou não. Escolher entre ver algo, modificando o que olhas, ou continuar metendo goela a baixo as mentiras que lhe são contadas no largo. Criar suas verdades, ou conviver com as verdades contadas por outros. Uma hora na tua vida, deves decidir se queres fazer parte dos 99,99%, ou, ser como eu.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Demorei um pouquinho, mas valeu a pena! Beijos